Vejo os rostos cretinos
daqueles que pisam na grama;
daqueles sacrificam o tempo
tentando compreender
os ideais dos poemas alheios;
daqueles sobem as escadas
saltando degraus;
daqueles que desprezam
as manhãs ensolaradas;
daqueles que pedem desculpas
por estar sempre apressado.
Vejo cretinos com novos rostos
que perdem para poder ganhar;
que sangram para viver;
que são cretinos apenas por existir.
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HOJE - X
Sinto empatia
por pessoas que
nem mesmo conheço.
Apáticas,
algumas delas,
passam por mim,
talvez até
já tenham se sentado
ao meu lado.
E eu, no entanto,
empático, sorrio discretamente
com o canto da boca
enquanto escuto um jazz
para refrescar os dias
que se passam
discretamente.
por pessoas que
nem mesmo conheço.
Apáticas,
algumas delas,
passam por mim,
talvez até
já tenham se sentado
ao meu lado.
E eu, no entanto,
empático, sorrio discretamente
com o canto da boca
enquanto escuto um jazz
para refrescar os dias
que se passam
discretamente.
HOJE - IX
Gosto de rimar
as palavras, os versos,
os sons, os silêncios,
mas depois desconstruo
para que a sonoridade
fique apenas no meu sotaque.
Gosto de metrificar
cada verso que faço,
sílaba por sílaba,
letra por letra,
as pontuações,
os espaços vazios
e depois, novamente,
desconstruo,
só pro meu prazer,
só por, assim, gozar.
as palavras, os versos,
os sons, os silêncios,
mas depois desconstruo
para que a sonoridade
fique apenas no meu sotaque.
Gosto de metrificar
cada verso que faço,
sílaba por sílaba,
letra por letra,
as pontuações,
os espaços vazios
e depois, novamente,
desconstruo,
só pro meu prazer,
só por, assim, gozar.
HOJE - VIII
É
simples ser simples,
entender e compreender
os passos que damos,
os espaços que vivemos.
Todos
somos simples,
apenas vivemos
em um emaranhado complexo
dos universos que carregamos
em nosso convívio social.
simples ser simples,
entender e compreender
os passos que damos,
os espaços que vivemos.
Todos
somos simples,
apenas vivemos
em um emaranhado complexo
dos universos que carregamos
em nosso convívio social.
HOJE - VII
Há quem goste
da melancolia que vemos
nas paisagens do caminho
assim como gosto.
Estando no topo do mundo
ou abaixo dele,
observando grandiosidades
nos formatos triviais.
Mantendo o foco
perdido no horizonte,
enquanto me distraio,
não percebo que o mundo
gira em torno de mim
assim como giro
ao seu redor
também.
da melancolia que vemos
nas paisagens do caminho
assim como gosto.
Estando no topo do mundo
ou abaixo dele,
observando grandiosidades
nos formatos triviais.
Mantendo o foco
perdido no horizonte,
enquanto me distraio,
não percebo que o mundo
gira em torno de mim
assim como giro
ao seu redor
também.
HOJE - VI
Eu penso no tempo,
no acaso de cada esquina
e se eu te ver amanhã
foi por ter pensado
na coincidência do cotidiano.
Não confio nas certezas,
nada é tão estático
ao ponto de ser certo.
Aqui, parado, observo aqueles
que têm um certo compromisso:
movimentar-se.
no acaso de cada esquina
e se eu te ver amanhã
foi por ter pensado
na coincidência do cotidiano.
Não confio nas certezas,
nada é tão estático
ao ponto de ser certo.
Aqui, parado, observo aqueles
que têm um certo compromisso:
movimentar-se.
HOJE - V
Que
a noite guarde
o que vi
durante a tarde.
O sol por entre as nuvens
descansava calmamente.
As árvores
que passavam,
rapidamente,
tão parecidas.
As pessoas, calmas,
inquietas, parecidas,
iguais,
indiferentes,
desiguais.
a noite guarde
o que vi
durante a tarde.
O sol por entre as nuvens
descansava calmamente.
As árvores
que passavam,
rapidamente,
tão parecidas.
As pessoas, calmas,
inquietas, parecidas,
iguais,
indiferentes,
desiguais.