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Fosse

Ultimamente tenho escutado
muitas onomatopeias,
alguns monossílabos
e meias conversas.
Ensaio várias vezes
minhas ações, gestos e palavras,
segurança dentro da insegurança,
vivendo entre o choro e o riso;
o céu e o chão; lixo, luxo;
ciúme e liberdade; prazer e sofrer.

Alguns livros que li
não me acrescentaram nada,
nem algumas músicas sincopadas,
arpejadas, gritadas, sussurradas,
idealizadas, artificiais...

Entre o porão e o sótão, sou pensativo,
cúmplice de brisas e umidade.
Fiel do sentimento que a poesia tem,
que chega devagar e vai embora rápido,
às vezes me pede para ficar um pouco mais,
noutras trás o convite para eu a seguir,
deixando a curiosidade
de que seu eu a seguisse
o que iria encontrar
se atrás dela
eu
fosse.

2 comentários:

Priscila Silva disse...

Já estou cansada de ouvir estas onomatopéias, monossílabos e futilidades.
Agora quero o silêncio que sobrevém ao seu poema...

Ray =) disse...

...e que após esse silêncio, algo possa ecoar em meus ouvidos.
Qualquer zunindo que desperte-me a procurar o porque da sua causa...

Gueu, adorei o seu blog tb!
Tão subjetivo e ao mesmo tempo tão próximo da realidade de cada um de nós; e o gostoso de tudo isso é saber que existem pessoas como você, que aspiram, respiram e exepele a arte, das mais variadas formas e dos mais variados modos.

;)